Como Bettie Page se tornou referência para a Moda Pinup?

 Considerada a “Rainha das Pin-ups”, a modelo Bettie Page teve uma carreira curta, mas marcante. Estrela na década de 1950, suas representações fetichistas e o famoso corte de cabelo com a franjinha icônica — e copiada no mundo todo — eternizaram o estilo da norte-americana.



Carismática e ousada, Bettie era expressiva e extremante talentosa, a musa dos anos 50 se tornou um dos maiores sex symbols da época ao criar uma personagem sexy e, ao mesmo tempo, inocente, durante as sessões de fotos que marcaram sua carreira. Além disso, também tinha talento para a moda: ela mesma desenhava e costurava seus biquínis e trajes.

A mãe de Bettie Page, Edna, desprezava-a, e seu pai abusou dela aos 13 anos. A jovem, vítima das circunstâncias, estava desprotegida. Mas nada disso abalou o desejo de um dia se estrear no cinema em filmes como os que gostava de assistir com a irmã. Brincalhona, ela posava e imitava as atrizes da época. Foi uma forma de fugir daquela realidade, da qual fugiu aos 18 anos para perseguir os seus sonhos em Hollywood. Escolheu um caminho difícil, sem dúvida.
Bettie tentou a sorte em várias audições e foi rejeitada em todas. Se não era rejeitada porque os produtores não gostavam do seu sotaque sulista, então a sua beleza e encanto jogavam contra ela. Os homens perdiam a compostura com a sensualidade natural de Bettie Page e pediam-lhe “favores sexuais” em troca de oportunidades no mundo do entretenimento. Mas ela preferiu recusar todas as propostas impróprias, em vez de se tornar famosa contra a sua moral.
Cansada de receber sempre a mesma resposta, procurou um emprego de secretária em Nova Iorque na década de 1950. Isso permitiu-lhe pagar o aluguer da casa enquanto procurava uma oportunidade no teatro. Mas o destino tinha outros planos para ela. Numa das suas caminhadas pela praia de Coney Island, ela chamou a atenção do policia e fotógrafo amador Cass Carr. Ele foi um dos primeiros a fotografar a mulher de aparência dominante e olhos vibrantes que se tornou na modelo que hoje recordamos.
Carr definiu a rainha das pin-ups, não exatamente como uma explosão sexual como poderia ser julgado de acordo com as fotos nas quais ela desfilou com roupas escassas para um público principalmente fetichista. “Ela era uma dactilógrafa brilhante, às vezes trazia trabalho para terminar com minha máquina de escrever entre as sessões fotográficas. Eu a consideraria uma jovem muito controlada, calma e composta. Ela não fumava nem bebia e não se importava muito com o que os outros faziam”, referiu Carr.
Com o passar do tempo, Bettie Page tornou-se a favorita dos fotógrafos profissionais, mais do que encantados em retratá-la com sua franja popular em poses provocantes, com biquínis e saltos altos. Ela apareceu em revistas reconhecidas como Wink e Flirt. Também conseguiu aparecer na capa da revista Playboy em 1955. Tudo isso sem ser considerada uma celebridade.

Em 1958, Bettie se separou de Jerry e casou-se com Armand Walterson. Após a união, se converteu ao cristianismo e abandonou de vez sua carreira, desaparecendo misteriosamente da vida pública. Ela nunca revelou o motivo do desaparecimento, mas há quem diga que a modelo se afastou da mídia devido às polêmicas envolvendo as fotos de Irving e Bunny, já outros, acreditam que Armand teria obrigado a esposa a deixar para sempre os holofotes.

Seu nome só voltou a ser notícia nos anos de 1990, quando um documentário sobre a vida da modelo foi lançado. Nesta época, ela já não tinha mais dinheiro e vivia em uma casa de repouso. Hugh Hefner, fundador da Playboy, vendo a situação de Bettie, resolveu ajudá-la e contratou um advogado para que a ajudasse a receber dinheiro com a utilização de sua imagem, que estava sendo utilizada indevidamente. A iniciativa de Hugh deu certo, e Page conseguiu ganhar mais dinheiro na velhice do que durante sua carreira na juventude.


Em Resumo,   Ela foi chamada de “a modelo mais fotografada da história”. Durante os anos de 1950, apareceu em centenas de revistas em fotos sensuais, inflamando corações com suas curvas estonteantes e o sorriso encantador de garota comum. Em 1957, no auge de sua popularidade, e com uma carreira florescente de atriz diante de si, ela desapareceu. Este não é apenas um livro sobre uma das lendas eróticas da América. É, em especial, sobre censura, intolerância, perseguição, hipocrisia e paranoia, fenômenos que assolaram os Estados Unidos ao longo do século XX. Perseguida por moralistas, Bettie Page não emplacou sua carreira no cinema, caiu no ostracismo e enlouqueceu, a ponto de tentar matar três pessoas a facadas durante surtos psicóticos. A melhor definição para esta obra impressionante, pulsante e verdadeira de Richard Foster, portanto, é a história de uma tragédia americana chamada Bettie Page.

Na década de 1980, a popularidade de Bettie Page cresceu como nunca antes. Não se sabia se ainda estaria viva, mas celebridades copiaram o seu estilo e as fotos de Page estavam espalhadas por toda parte. Foi louco!

https://hollywoodforevertv.com.br/noticias/curiosidades/rainha-das-pin-ups-o-fim-solitario-de-bettie-page.phtml

https://aterraemmarte.com/a-historia-de-bettie-page-pin-up-lenda/

Comentários

Postagens mais visitadas