Tudo sobre o fotógrafo Peter Lindbergh - Editoriais de Moda e Biografia
No final dos anos 1980, ele se tornaria mundialmente conhecido por retratar modelos como personagens fortes, fotografadas muitas vezes em poses casuais, sem maquiagem pesada e adornos excessivos nos cabelos, contrariando totalmente o padrão da época, que dava preferência para cabelos superproduzidos e poses artificiais. O buraco deixado por sua perda, porém, vai muito além da moda - ele invade, entre tantos outros campos, a beleza. Peter Lindbergh foi, literalmente, um homem que amava as mulheres, e que as colocava no centro de tudo o que fazia (embora tenha fotografado muitos homens também). Mas é esse relacionamento de absoluto respeito e verdadeira devoção ao feminino - que ele enxergava em sua totalidade - que alinhava toda a sua carreira.
Lindbergh ainda foi creditado como o pai da era das supermodelos dos anos 1990 ao produzir a fotografia de capa da edição de janeiro de 1990 da Vogue britânica.Em preto e branco, sua marca registrada, a capa mostrava as jovens modelos Linda Evangelista, Naomi Campbell, Tatjana Patitz, Cindy Crawford e Christy Turlington com o horizonte de Nova York. A edição rapidamente se tornaria lendária pela ousadia de mostrar um grupo de modelos em ascensão com maquiagem minimalista e roupas simples. Nascia a era das supermodelos.
Lindbergh, que parecia um colegial travesso escondido em um rosto barbudo, começou sua carreira sonhando em ser pintor e seguiu os passos de Van Gogh comprando uma casa em Arles. As imagens do fotógrafo não são, é claro, nas cores vibrantes de seu herói, mas principalmente em preto e branco. “Estava verificando a série que ele fez para a Vogue italiana . Metade das fotos são clássicos instantâneos que você provavelmente verá em 20 ou 30 anos”, disse Loriot sobre sua pesquisa. “Ele realmente é um personagem fascinante. Acho que é a sua abordagem humanista que mais gostamos. Ele não finge ser algo que não é.”
O Peter tinha como regra primordial jamais usar Photoshop para retocar suas imagens. Em seu calendário Pirelli 2017, ele usou a folhinha mais famosa do mundo como um protesto contra justamente esta cultura.
"Neste momento em que mulheres são representadas na mídia e em todos os lugares como as embaixatrizes da perfeição e da juventude, achei importante lembrar a todos de que há uma beleza diferente, mais real, verdadeira, e muito distante desta manipulada por outros interesses além do comercial. Uma beleza que fala de individualidade, coragem para ser você mesma e sua própria sensibilidade", ele disse, sobre este trabalho e o que ele defendia.
https://www.interviewmagazine.com/fashion/franca-sozzani
https://www.sallve.com.br/blogs/sallve/peter-lindbergh-e-a-arte-como-ferramenta-de-empoderamento
http://dresscodehighfashion.blogspot.com/2016/09/peter-lindbergh-different-vision-on.html
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